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Antonio Olinto

Nome: Antônio Olinto Marques da Rocha
Data de nascimento: 10/05/1919
Data de falecimento: 12/09/2009
Natural de: Ubá – MG
Local de falecimento: Rio de Janeiro – RJ
Profissões: Crítico literário, escritor, poeta ensaísta, professor e diplomata.

Locais de residência:
  • Lagos (Nigéria):
o        Adido Cultural na Embaixada do Brasil em Lagos. (1962 – 1965)
  • Londres:
o        Adido Cultural na Embaixada do Brasil em Londres. (1968 – 1973)

Minibiografia:
Antônio Olinto era filho de José Marques da Rocha e de Áurea Lourdes Rocha. Concluiu o primário em uma escola em Ubá e depois ingressou no Seminário Católico de Campos, no Rio de Janeiro, onde terminou o secundário. Em seguida, o autor fez o curso de Filosofia do Seminário Maior de Belo Horizonte, Minas Gerais, e no Seminário Maior de São Paulo. Após desistir de se ordenar padre, trabalhou como professor de português, inglês, francês, latim, história da literatura e história da civilização em escolas no Rio de Janeiro. Em 1949 publicou seu primeiro livro, Presença. Foi secretário do Grupo Malraux e organizou a I Exposição de Poesias na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. Além de trabalhar como professor, ele também ingressou no jornalismo e na publicidade. Seu livro Jornalismo e literatura foi adotado em vários cursos de jornalismo no país. Durante 25 anos foi crítico literário de O Globo e era responsável pela seção “Porta de Livraria”, no qual eram noticiados os principais acontecimentos da literatura.  O autor também colaborou em outros jornais brasileiros e portugueses.
Em 1950 foi convidado pelo Governo da Suécia para participar das comemorações do Cinquentenário do Prêmio Nobel e também fez conferências em universidades de Estocolmo e Uppsala. O autor entrevistou William Faulkner, Bertrand Russell e Per Lagerkvist. Em 1952, foi convidado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos para fazer conferências a respeito da cultura brasileira em trinta e seis estados do país. Em 1954 foi nomeado Diretor do Serviço de Documentação do Ministério da Viação e Obras Públicas, pelo presidente Café Filho. Nesse mesmo período, estreou a Coleção Mauá, de livros técnicos, e desenvolveu exposições de pinturas voltadas a obras que tinham como foco ferrovias, estradas e os caminhos do mar. Além disso, Olinto também dirigiu a revista Brasil Constrói que foi redigida em quatro diferentes idiomas. Em 1962 foi nomeado Adido Cultural em Lagos, Nigéria, e durante esse período fez cerca de cento e vinte conferências na África Ocidental, promoveu uma exposição de pintura sobre motivos afro-brasileiros, participou de revistas nigerianas, se envolveu nos assuntos da nova África independente – o que resultou em três romances escritos pelo autor – A casa da águaO rei de Keto e Trono de vidro.
Foi Professor Visitante na Universidade de Columbia em Nova York de 1965 até 1967, onde ministrou um curso sobre Ensaística Brasileira. Também participou, nesse mesmo período, de conferências nas Universidades de Yale, Harvard, Howard, Indiana, Palo Alto, UCLA, Louisiana e Miami. Além disso, ele escreveu vários artigos sobre a Escandinávia, Reino Unido e França. Foi nomeado Adido Cultural em Londres em 1968, local onde fez no mínimo cem exposições ao longo de cinco anos.
O diplomata foi membro do PEN Clube do Brasil e ajudou a organizar três congressos internacionais no Brasil nos anos 1959, 1979 e 1992. Ele também participou das atividades do PEN Internacional, cuja sede é em Londres e foi eleito, em 1990, para o cargo de Vice-presidente Internacional. Olinto também ministrou cursos sobre Cultura Brasileira na Universidade de Essex, na Inglaterra.
Antônio Olinto dirigiu e apresentou programas literários de televisão na TV Tupi, TV Continental e TV Rio. Fez conferências sobre cultura brasileira em universidades e entidades culturais em Barcelona, Tânger, Milão, Luanda, Santiago, Dacar, Lomé, Porto Novo, Lagos, Ifé, Warri, Abidjan, Seul, Arzila, Buenos Aires, Lisboa, Coimbra, Varsóvia, Madri, Maputo, Tóquio, Lyon, Paris, Marselha, Sidney, Pádua, Veneza, Bérgamo, Florença, Estocolmo, Belgrado, Zagreb, Londres, Sófia, Porto, Cracóvia, Moscou, Roma, Copenhague, Aarhus, Bucareste, Manchester, Liverpool, Colchester, Newcastle, Edimburgo, Glasgov, St. Andrews, Oxford, Cambridge, Bristol, Dublin.
Foi eleito, em 2002, presidente da Comissão Nacional Organizadora do Centenário de Nascimento de Ari Barroso, que recebeu várias comemorações pelo país e pelo exterior.
Obras:
  • Poesia
Presença. Rio de Janeiro: Editora Pongetti, 1949.

Resumo. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1954.

O homem do madrigal. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1957. 


Nagasaki. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1957.

O dia da ira. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1959


As teorias. Rio de Janeiro: Edição Sinal, 1967. 


Antologia poética. Rio de Janeiro: Editora Leitura, 1967. 

A paixão segundo Antônio. Rio de Janeiro: Editora Porta de Livraria, 1967. 

Teorias novas e antigas. Rio de Janeiro: Editora Porta de Livraria, 1974. 







Tempo de verso. Rio de Janeiro: Editora Porta de Livraria, 1992.




  • Ensaio
Jornalismo e literatura. Rio de Janeiro: MEC, 1955. 
Nesse ensaio o autor traça um paralelo entre jornalismo e literatura. Ele  mostra que em sua visão o jornalismo integra a literatura, visto que ambos tem como matéria prima a palavra.

O “Journal” de André Gide. Rio de Janeiro: MEC, 1955. 

Dois ensaios. Rio de Janeiro: Livraria São José, 1960. 

Brasileiros na África. Rio de Janeiro: Edições GRD, 1964. 
Nesse livro o autor apresenta a festa que ocorreu no II Festival Mundial de Arte e Cultura Negras e Africanas (FESTAC), mostrando os representantes de todas as nações africanas e daqueles países que sofreram influência dessa cultura em decorrência da diáspora ocorrida no continente. Ele apresenta vários povos e suas culturas.

O problema do índio brasileiro. Embaixada do Brasil em Londres, 1973. 

Para onde vai o Brasil? Rio de Janeiro: Editora Arca, 1977. 

Do objeto como sinal de Deus. Ensaio sobre a arte africana. Londres: RIEX, 1983. 

O Brasil exporta:
História da exportação brasileira. Banco do Brasil, 1984. 


Literatura brasileira. Rio de Janeiro: Editora LISA, 1994. 

Antonio Olinto apresenta Confúcio e o Caminho do Meio. Rio de Janeiro: Editora Bhum – Ao Livro Técnico, 2001.
 Nesse livro o autor comenta as máximas de Confúcio.
  • Romance
A casa da água. Rio de Janeiro: Edições Bloch, 1969.
A menina Mariana enfrenta a transição da infância para a adolescência.
Sua avó Catarina nasceu em Lagos, Nigéria, mas foi vendida pelo seu tio a um brasileiro que morava em Piau, Minas Gerais. Após uma enchente nessa cidade, Catarina e sua família deixaram o local em busca de seu sonho que era voltar para sua terra natal.


O cinema de Ubá. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1972. 
                            


Copacabana. Rio de Janeiro: Editora LISA, 1975.



O rei de Keto. Rio de Janeiro: Editorial Nórdica, 1980. 
Nesse livro o autor apresenta uma sociedade majoritariamente feminina. Nela nasce Abionan, uma mulher da família real de Keto.  Seu filho morreu ainda pequeno e ela constantemente pensa nele, o que viria a se tornar rei de Keto.

Os móveis da bailarina. Rio de Janeiro, 1985. 

Trono de vidro. Rio de Janeiro: Editorial Nórdica, 1987. 


Tempo de palhaço. Rio de Janeiro: Editorial Nórdica, 1989. 



Sangue na floresta. Rio de Janeiro: Editorial Nórdica, 1993. 


Alcacer-Kibir. Romance histórico. Editora CEJUP, 1997. 

A dor de cada um (Coleção Anjos de Branco, vol. 1). Rio de Janeiro: Editora  Mondrian, 2001. 

Ary Barroso: A História de uma paixão. Rio de Janeiro: Editora Mondrian, 2002. 
Uma homenagem ao centenário de Ary Barroso.


  • Artes plásticas


African Art Collection. Tradução inglesa de Ira Lee. Londres: Printing and Binding, 1982.

  • Literatura infantil
Ainá no reino do Baobá. Rio de Janeiro: LISA, 1979.  
  • Conto
O Menino e o Trem. Rio de Janeiro: Editora Blhum – Ao Livro Técnico, 2000. 

  • Crítica literária

Cadernos de crítica. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1958. 

A verdade da ficção. Rio de Janeiro: COBRAG, 1966. 
Esse livro é uma crítica de romance.



A invenção da verdade. Rio de Janeiro: Editorial Nórdica, 1983.
Esse livro é uma critica de poesias.
  • Gramática
Regras práticas para bem escrever / Laudelino Freire (1873-1937) – ampliada e atualizada por Antonio Olinto. Rio de Janeiro: Lótus do Saber Editora, 2000. 
  • Dicionário
Minidicionário Poliglota. Editora Lerlisa. 


Minidicionário Antonio Olinto: inglês-português, português-inglês. Editor a Saraiva, 1999. 

Minidicionário Antonio Olinto: espanhol-português, português-espanhol. Editora Saraiva, 2000. 


Minidicionário Antonio Olinto da língua portuguesa. Editora Moderna, 2000.

  • Traduções 

The Day of Wrath. Tradução inglesa de O Dia da Ira, por Richard Chappell. Londres: edição Rex Collings, 1986. 

Theories and Other Poems. Tradução inglesa de As Teorias, por Jean McQuillen.  Londres: edição Rex Collings, 1972. 

African Art Collection. Tradução inglesa de Ira Lee. Londres: Printing and Binding, 1982. 

On the Objects as a Sign from God.
Tradução inglesa de Do Objeto como Sinal de Deus, por Ira Lee. Londres, RIEX, 1983.

Brazil Exports.
Tradução inglesa de O Brasil Exporta. Banco do Brasil, 1984. 


Letteratura Brasiliana. História da literatura brasileira. Tradução italiana de Adelina Aletti, Jaca Book, 1993. 

Scurt Istorie a Literaturii Braziliene (1500-1994). Tradução romena de Micaela Ghitescu, Editora ALLFA, 1997. 


The Water House. Tradução inglesa de A Casa da Água, por Dorothy Heapy. Londres, Edição Rex Collings, 1970. Nova edição, Thomas Nelson and Sons Ltd., Walton-on-Thames, 1982. 

The Water House.
Tradução americana de A Casa da Água. Carrol & Graff, 1985.

La maison d’eau. Tradução francesa de A Casa da Água, por Alice Raillard. Edição Stock, 1973. 


La casa del água. Tradução argentina de A Casa da Água, por Santiago Kovadlof. Editorial Losada, 1973. 

Bophata Kyka (macedônio). Macedônia Makepohcka Khnra (km). Skopje, 1992. 

Dom Nad Woda. Tradução polonesa de A Casa da Água, por Elizabeth Reis. Edição Wydawnictwo Literackie, 1983.
Edição em braile polonês, Polska Braille, 1985. 


Casa dell’Acqua. Tradução italiana de A Casa da Água, por Sônia Rodrigues. Edição Jaca Book, 1987. 

Copacabana. Tradução romena, por Micaela Ghitescu. Bucareste, Univers, 1993. 

Le roi de Ketu. Tradução francesa de O rei de Keto, por Geneviève Leibrich. Edição Stock, 1983. 

Il Re di Keto. Tradução italiana, por Sônia Rodrigues. Edição Jaca Book, 1984. 

The King of Ketu. Tradução inglesa, por Richard Chappell. Londres: Edição Rex Collings, 1987. 

Kungen av Ketu. Tradução sueca, por Marianne Eyre. Estocolmo: Norstedts, 1988. 

I Mobili della ballerina. Tradução italiana de Os móveis da bailarina, por Bruno Pistocchi. L’Umana Avventura, 1986. 

Les meubles de la danseuse. T
radução francesa de Os móveis da bailarina. L’Aventure Humaine, 1986. 

Die Möbel der Tänzerin. Tradução alemã de Os móveis da bailarina. Humanis, 1987. 

The Dancer’s Furniture.
Tradução inglesa de Os móveis da bailarina, por C. Benson. Editorial Nórdica, 1994. 

Mobilele Dansatoarei.
Tradução romena de Os móveis da bailarina, por Micaela Ghitescu. Editorial Nórdica, 1994. 


Trono di Vetro. Tradução italiana de Trono de vidro, por Adelina Aletti. Jaca Book, 1993. 

The Glass Throne. Tradução inglesa de Trono de vidro, por Richard Chappell. Sel Press, 1995. 


Timpul Paiatelor. Tradução romena de Tempo de palhaço, por Micaela Ghitescu. Bucareste, Univers, 1994.

Premiações e distinções:
Prêmio Machado de Assis pelo conjunto da obra, 1995.
Membro da Academia Brasileira de Letras, cadeira 8, eleito em 31 de julho de 1997, antecedido por Antonio Callado e sucedido por Cleonice Berardinelli.

Bibliografia Consultada:

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Bibliografia. Antônio Olinto. Disponível em: < http://www.academia.org.br/academicos/antonio-olinto/bibliografia>. Acesso em: 25 de Mai. de 2018.

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Biografia. Antônio Olinto. Disponível em: < http://www.academia.org.br/academicos/antonio-olinto/biografia>. Acesso em: 25 de Mai. de 2018.

BIBLIOTECA VIRTUAL DE LITERATURA. Antônio Olinto. Disponível em: <http://www.biblio.com.br/conteudo/biografias/antonioolinto.htm>. Acesso em: 28 de Mai. de 2018.

Pesquisa realizada por Else R. P. Vieira e Thaís do Rosário Paiva

©Else R. P. Vieira
Coordenadora do Projeto Integrado “Escritores Brasileiros no Exterior: residência diplomática, literária e acadêmica”, patrocinado pela CAPES/Ministério da Educação, entre as Universidades de Londres (Queen Mary College) e Federal de Juiz de Fora (Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários)

Comentários

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